Este Poema De Amor Não É Lamento
Este poema de amor não é lamento
Nem tristeza distante, nem saudade,
Nem queixume traído nem o lento
Perpassar da paixão ou pranto que há de
Transformar-se em dorido pensamento,
Em tortura querida ou em piedade
Ou simplesmente em mito, doce invento,
E exalta visão da adversidade.
É a memória ondulante da mais pura
E doce face (intérmina e tranquila)
Da eterna bem-amada que eu procuro;
Mas tão real, tão presente criatura
Que é preciso não vê-la nem possuí-la
Mas procurá-la nesse vale obscuro.
sábado, 27 de fevereiro de 2016
terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
sábado, 20 de fevereiro de 2016
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
sábado, 13 de fevereiro de 2016
Víbora - Almeida Garrett
Víbora
Como a víbora gerado,
No coração se formou
Este amor amaldiçoado
Que à nascença o espedaçou.
Para ele nascer morri;
E em meu cadáver nutrido,
Foi a vida que eu perdi
A vida que tem vivido.
Almeida Garrett, in 'Folhas Caídas'
Como a víbora gerado,
No coração se formou
Este amor amaldiçoado
Que à nascença o espedaçou.
Para ele nascer morri;
E em meu cadáver nutrido,
Foi a vida que eu perdi
A vida que tem vivido.
Almeida Garrett, in 'Folhas Caídas'
terça-feira, 9 de fevereiro de 2016
sábado, 6 de fevereiro de 2016
terça-feira, 2 de fevereiro de 2016
Janelas os Degraus Sombras - Abreu Paxe
Abreu Castelo Vieira dos Paxe é um poeta angolano nascido em 1969, na Província do Uíge. Filho de operário e de mãe doméstica, venceu o concurso "Um Poema para África" em 2000.
Janelas os Degraus Sombras
corpo vago a sombra deitadas palavras
vísceras os profundos dias
adolescentes festejos mais escuras as ferrugens onde pernoitava
para sobreviver sossegava os corpos nas persianas
longa estrada amanhece o sangue cansado espelho o pé
paralisado talvez seja degrau as oceânicas sombras
deste país abre os mares oca vontade o mesmo passo à luta
In A Chave no Repouso da Porta, INIC, Luanda, 2003, p.19
Janelas os Degraus Sombras
corpo vago a sombra deitadas palavras
vísceras os profundos dias
adolescentes festejos mais escuras as ferrugens onde pernoitava
para sobreviver sossegava os corpos nas persianas
longa estrada amanhece o sangue cansado espelho o pé
paralisado talvez seja degrau as oceânicas sombras
deste país abre os mares oca vontade o mesmo passo à luta
In A Chave no Repouso da Porta, INIC, Luanda, 2003, p.19
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